A importância de fazer as refeições em família


A vida é corrida e os minutos, hoje, parecem voar. Mas parar uma vez por dia para comer e bater papo com os filhos ainda é uma delícia!

Lembra quando você era criança e parava tudo o que estava fazendo assim que a sua mãe chamava para arrumar a mesa do jantar? Ou então a velha regra de esperar todo mundo terminar o prato para poder se levantar – não sem antes comer pelo menos um verdinho, contar o que você fez na escola e saber como foi o dia dos seus pais? Se pensar nisso traz certa nostalgia, talvez seja o caso de parar para analisar porque temos deixado esse hábito tão de lado na rotina familiar.

“Hoje é cada vez mais difícil acontecer o momento de refeição em família e são diversos fatores que contribuem para essa mudança. O fato de a maioria das mães trabalhar fora é um deles. Outro fator é que as crianças estão assumindo muitas atividades, várias delas com uma rotina corrida como a de um adulto. Por último, com o aumento do uso da tecnologia, não deixamos mais o trabalho quando o horário de expediente acaba”, observa Taís Bento, pedagoga pela Universidade de São Paulo (USP), especialista em Aprendizagem Baseada no Funcionamento do Cérebro e Aprendizagem Cooperativa pela Universidade de Minnesota e pela Universidade de San Diego, e co-fundadora do canal Socorro, meu filho não estuda e do projeto SOS nos Estudos.

Os tempos são outros, é verdade. Ser mãe em tempo integral deixou de ser realidade para muitas mulheres, que passaram a trabalhar fora e ainda precisam dar conta do dia a dia da casa, cujas tarefas nem sempre são compartilhadas com o marido. E as crianças estão cada vez mais ocupadas: é escola, inglês, natação, balé, futebol… As 24 horas já não são mais suficientes e parar por alguns minutos para sentar, comer e conversar às vezes parece que não se encaixa mais nessa vida atribulada que as famílias têm levado.

Ou, talvez, até exista o hábito de todos se sentarem à mesa, mas com as já tradicionais garfadas intercaladas com olhadelas no celular. E já foi a época, também, em que isso era comportamento apenas de adolescente. Estamos todos, pais e filhos – mesmo os mais novos! -, envolvidos nessa corrida contra as horas e mergulhados no mundo virtual.

Fonte: bebe.abril.com.br/familia