Filé Wellington: o prato que comemora a derrota de Napoleão


O filé Wellington (beef Wellington) é um prato típico da Inglaterra que consiste em um bife coberto com patê (em geral, foie gras) e/ou duxelles (um preparado de cogumelos paris, chalotas e ervas finamente cortados e salteados em manteiga), que é assado em uma crocante cobertura de massa folhada.

Pensa numa carne suculenta envolta numa massa fininha e crocante. Vamos concordar que para os apreciadores de carne esse é um prato cheio! Sua origem, porém, não é ponto pacífico. Existem diversas versões a esse respeito, como conta o jornalista J. A. Dias Lopes no texto “O bife de Wellington” (que ele não comeu).

Segundo a mais disseminada delas, o prato foi batizado em homenagem a um valoroso comandante britânico chamado Arthur Wellesley (1769-1852), o Duque de Wellington, que liderou as tropas britânicas em diversas batalhas, incluindo a de Waterloo, na qual Napoleão Bonaparte foi derrotado.

Outra versão conta de que não foram exatamente seus feitos heroicos que inspiraram o nome do prato, e, sim, o formato de sua bota, ao qual o bife Wellington se assemelha.

Outra versão sugere que a receita, hoje famosa, teria sido criada para um evento cívico na cidade de Wellington, na Nova Zelândia, que recebeu esse nome em homenagem ao duque britânico.

Para completar, há quem acredite que o tradicional prato inglês deriva de uma receita francesa do boeuf en croûte, em que a carne é igualmente revestida de massa. Dias Lopes explica: “Um cozinheiro inglês, imbuído de sentimento patriótico, teria trocado o nome na época das guerras napoleônicas”.

O jornal britânico The Telegraph apresenta a história do Duque como não comprovada, mas crível, uma vez que na época de Wellesley os ingleses já tinham uma longa tradição de fazer carnes cobertas com pastelaria, pois as temperaturas dos fornos eram difíceis de se regular e a massa garantia a suculência das carnes. . Contudo, não há evidências da relação histórica entre o bife e o Duque e as primeiras referências bibliográficas da receita são, na verdade, originárias dos EUA!

Independentemente de sua origem, fato é que esse é hoje um dos mais tradicionais pratos ingleses.

Fonte: www.independente.com.br

A origem do aperitivo (“la tapa”)


O aperitivo se converteu na carteira de identidade da gastronomia espanhola. Os chefs mais aclamados inovam para criar os mais saborosos e sofisticados e os turistas do mundo todo não partem de nosso país sem tê-los provado.

A Real Academia da Língua define o aperitivo como “pequena porção de algum alimento que se serve como acompanhamento a uma bebida”. Ainda que atualmente esta palavra seja muito ampla, o certo é que recebeu outros nomes em outros momentos da história. De fato, no “Quixote” se denominava “llamativos” e Quevedo, em suas obras, os chamava de “avisillos”.

Portanto, poderia-se dizer que os aperitivos são os reis de nossa gastronomia. Mas em que momento surgiu esta forma de comer?

Ninguém sabe quando foi a primeira vez que alguém comeu um aperitivo, e existe uma infinidade de mitos e lendas sobre sua criação. Algumas teorias asseguram que este aperitivo nasceu das mãos de Alfonso X, O Sábio, que, por prescrição médica, precisava tomar uma ou duas taças de vinho por dia e, para evitar os efeitos do álcool, acompanhava-as com algumas porções de comida. Outros asseguram que os aperitivos surgiram na época dos Reis Católicos, quando se obrigou os taverneiros a servir fatias de presunto a seus clientes junto com as taças de vinho, de forma a evitar os inúmeros incidentes que protagonizavam as pessoas ébrias que saíam das tavernas. Também há quem diga que o aperitivo nasceu em Almería, quando se cobriam as taças de xerez com fatias de presunto para que não perdessem o seu sabor.

Mas, sem dúvida, a lenda mais disseminada é a que conta que ao voltar de uma de suas visitas a Cádiz, Alfonso XIII se deteve em uma venda junto ao mar e pediu sua bebida favorita, uma taça de vinho de xerez. Enquanto observava a paisagem, levantou-se um redemoinho de vento que ameaçou encher a taça com areia que se levantava da praia. O homem da venda reagiu com rapidez e colocou uma fatia de presunto sobre a taça para proteger seu conteúdo. Perante o assombro do monarca, justificou-se dizendo: “Majestade, coloquei esta fatia como proteção (“tapa”) na taça para que não entre areia em seu xerez”.  Passado o redemoinho, o rei saboreou o presunto e a ideia lhe agradou tanto que pediu… outra fatia de presunto!

Fonte: www.joselitolab.com